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SABIA QUE MESMO EM QUARENTENA VOCÊ PODE AJUDAR A PROTEGER OS MEROS?

imagem da chamada: Suene Ramalho.

 

Já esgotou as opções do que fazer nessa quarentena? Utilize 10 minutos do seu tempo e colabore com a conservação dos meros. A campanha cidadã “Dez minutos pelos Meros do Brasil” está de volta e a sua contribuição pode ajudar a salvar esse gigante dos mares!

Nossa pesquisa #10minutospelosmeros voltou! O Projeto Meros do Brasil, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, convida mergulhadores de todas as modalidades e de todo o Brasil, a participar de uma campanha que vai ajudar o Projeto a levantar informações sobre a contribuição econômica da atividade de mergulho no país.

Essa forma de colaboração e envolvimento público em pesquisas é conhecida como Ciência Cidadã, e visa obter dados científicos através de uma ampla rede de colaboradores que vai muito além dos cientistas, ou seja, qualquer cidadão pode colaborar. O PMB desenvolve ações como essa, desde 2002.

IMPORTANTE: Você não precisa ter mergulhado com os meros para preencher o questionário. 

Basta utilizar 10 minutos do seu tempo para responder às perguntas referentes à modalidade e experiência de mergulho, os custos envolvidos na atividade e se houve ou não o encontro com os meros.

Conte para nós como foi a sua experiência de mergulho, clicando aqui e pronto! Você já contribuiu com a proteção desse gigante dos mares.

   Foto: Áthila Bertoncini

 

O pesquisador Cleiton Jardeweski, responsável pela valoração econômica do PMB, explica que as informações obtidas pelo questionário serão essenciais para um maior entendimento da espécie por meio das imagens registradas, pelos locais de distribuição dos meros e também pela compreensão da relação do homem com a biodiversidade marinha.

O formulário pode ser preenchido apenas uma vez, e suas respostas serão tratadas de forma totalmente anônima, se assim você desejar. Contudo, é possível editá-las até a data de encerramento do questionário, que será no dia 31 de maio deste ano. As informações levantadas ajudarão os pesquisadores do Projeto a desenvolver estratégias de conservação da espécie.

 

Mas o que é valoração econômica e o que isso tem a ver com o mero?

A valoração econômica ajuda a estimar o valor que os meros vivos possuem na natureza, e demonstrar que a espécie, tem um potencial econômico muito maior do que o ganho com a pesca representa. Ou seja, com essa pesquisa procurarmos evidências científicas de que um mero vivo vale mais do que um mero capturado.

Funciona mais ou menos assim: um mero vivo pode ser visto por inúmeros mergulhadores em diferentes oportunidades, fomentando o turismo de observação. O ecoturismo, que utiliza de forma sustentável o patrimônio natural, impulsiona uma nova cadeia produtiva local, gerando novos empregos e consequentemente renda para todos os envolvidos, e, além disso, gera novos valores à medida que permite a integração da população com o ambiente natural. Quer dizer, está fundando nos conceitos de educação, conservação e sustentabilidade.

Agora, se esse mesmo peixe for capturado, ele jamais poderá gerar renda novamente. A venda do pescado trará lucro apenas uma vez.

Cleiton salienta que é importante repensar a relação que envolve o desenvolvimento econômico e o meio ambiente, e, nesse sentido, pesquisas como essa esclarecem questões que contribuem para as tomadas de decisões em favor da preservação da natureza como alternativa para a geração de recursos financeiros.

 “A geração de renda através das espécies de peixes marinhos geralmente está associada à pesca destes animais, no entanto algumas espécies possuem características únicas que podemos utilizar como bandeiras da conservação marinha. O mero certamente é um exemplo, mas temos outros animais também, tais como os tubarões e as raias, todos esses associados à atividade de mergulho autônomo. O intuito desta iniciativa é mostrar que podemos coordenar esforços que ajudem a preservação da espécie e também a geração de renda”, destaca o pesquisador. 

 

Sua colaboração é importante

No Brasil, mediante a avaliação do estado de conservação de espécies, realizada pelo Ministério do Meio Ambiente em fevereiro deste ano, os meros foram novamente considerados criticamente ameaçados de extinção. Algumas características, como o crescimento lento, a reprodução tardia, seu tamanho que pode alcançar mais de dois metros de comprimento e aproximadamente 400 quilos, e, os ambientes que ocupa durante o seu ciclo de vida (desde os ecossistemas costeiros até os oceânicos) tornam os meros vulneráveis à atividades antrópicas como a pesca, destruição de habitat e poluição.

Outro fator que expõe a espécie são as agregações reprodutivas. Uma vez que os meros formam grandes cardumes em locais específicos, é fácil localizá-los, o que consequentemente aumenta o risco de captura.

Apesar da moratória estabelecida em 2002 – e renovada por três vezes consecutivas – proibir a pesca, o transporte e consumo do peixe, recebemos contínuas denúncias de que a pesca ilegal ainda é uma prática por aqui.

Segundo o pesquisador Dr. Matheus Freitas, Coordenador do PMB no Paraná, se a pesca do mero fosse reaberta hoje, a estimativa é que ao longo de uma temporada de agregações reprodutivas, ou seja, em quatro meses, a espécie seria extinta no país.

Por essa razão, a pesquisa Dez minutos pelos meros do Brasil vem oportunamente tentar mudar o paradigma dos meros junto à sociedade. Hoje no Brasil, existem aproximadamente 200 mil mergulhadores certificados, sem contar praticantes de apneia e pesca submarina. Entendemos que o apoio desse público é fundamental para a conservação dos meros e por isso contamos com a sua participação.

O questionário está disponível aqui na página oficial e também nas redes sociais do Projeto, e você pode compartilhar o link pelas redes sociais, por e-mail ou grupos de mensagens.

Colabore e ajude a proteger os meros!

 

 

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