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Ações

O que fazemos

Cobrindo aproximadamente 1.500 quilômetros da costa brasileira, por meio da atuação em rede, as ações do Projeto levam em conta as particularidades de cada região, e são executadas de forma colaborativa entre as equipes de todos os estados. 

Em Santa Catarina e no Paraná, o trabalho com telemetria acústica fornece os dados que ajudam a estabelecer, gradativamente, o acompanhamento dos padrões de ocorrência, deslocamento e comportamento da espécie. 

Em São Paulo, a pesquisa com a reprodução dos meros em cativeiro é inédita no mundo, e no Rio de Janeiro, o espaço do Projeto Meros dentro do Aquário Marinho do Rio (AquaRio), recebe anualmente mais de um milhão de pessoas e dá ao público a oportunidade de conhecer o universo marinho e dos meros, por meio de um espaço interativo e inclusivo. É no Rio, também, que em 2019 foi criada a Rede de Conservação Águas da Guanabara (REDAGUA), uma rede que uniu os Projetos Coral Vivo, Guapiaçu, Meros do Brasil e UÇÁ, e a Petrobras pela conservação da Baía de Guanabara. 

No Espírito Santo, amostras de meros coletadas de forma não letal em todo o país são analisadas, e informações genéticas obtidas respondem questões fundamentais relacionadas à saúde das populações de meros do nosso litoral. Este estado também tem sido reportado como o maior berçário a céu aberto de meros no Brasil. 

Em Pernambuco, a atuação dentro de áreas protegidas possibilita entender as características necessárias para a ocorrência dos meros que partirão da costa para habitar naufrágios e ilhas distantes como o arquipélago de Fernando de Noronha. Na Bahia, a arte encontra a educação e promove a autonomia, a participação da sociedade no processo de engajamento pela conservação e mantém viva e presente a cultura brasileira. No nordeste também, em Alagoas, as recentes expedições em locais inexplorados e o uso de tecnologias de monitoramento remotas, permitem registros inéditos de meros e de espécies marinhas.

E, finalmente, no estado do Pará, o coração da conexão da floresta com o mar, análises de isótopos estáveis buscam compreender a importância dos meros e de outras espécies, inclusive a nossa, nessa teia da vida em que todos dependemos uns dos outros para existir. Além disso, o trabalho de campo aproxima as comunidades  pesqueiras da informação e da importância da conservação dos meros para que seja possível a abundância dos meios de vida para essa e para as futuras gerações. 

Além das nove instituições que possibilitam o trabalho do Projeto em cada uma dessas localidades ( Universidade Federal do Pará, Universidade Federal de Pernambuco, Universidade Federal de Alagoas, Grupo Cultural Arte Manha, Universidade Federal do Espírito Santo, Instituto Meros do Brasil, Instituto de Pesca do Estado de São Paulo, Museu de História Natural do Capão da Imbuia e o Instituto Comar), contamos com mais de 30 instituições parceiras que auxiliam nas atividades realizadas, e, em 2019 passamos a integrar a Rede Biomar para conservação marinha junto a outros quatro projetos que são referências na pesquisa e preservação do oceano pelo país. 

Pesquisa e Conservação

Em duas décadas de trabalho, o Projeto tem oferecido os principais subsídios para a recuperação das populações de meros na costa brasileira. Estudos de biologia da conservação e populacional, poluição marinha, genética, valoração ambiental e aquacultura têm contribuído com a criação de políticas públicas direcionadas para a espécie e os ambientes marinho-costeiros. Entre esses está a implantação da moratória nacional de pesca, que teve participação fundamental dos pesquisadores do Meros, da sociedade e das instituições governamentais responsáveis e foi pioneira para uma espécie de peixe marinho no Brasil.

Educação

O Projeto Meros do Brasil realiza também atividades de arte-educação e educação ambiental. Por meio de vivências e experiências sobre e na natureza busca promover inclusão social e geração de renda. Oficinas de música, crochê e grafite, ações de limpeza de praias em todo o litoral brasileiro, exposições fotográficas e expressão de diversas manifestações culturais, produção e difusão de materiais para professores, estudantes, primeira infância  e toda a sociedade, são algumas das atividades realizadas pelo Meros. 

Comunicação

A Comunicação do Projeto Meros do Brasil tem como objetivo informar, sensibilizar e envolver seus diferentes públicos na temática da conservação ambiental, abrangendo temas transversais alinhados com políticas públicas para preservação, com a Década da Ciência Oceânica e Agenda 2030 dos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável.

Para se consolidar como uma fonte relevante de informações sobre a conservação da natureza e do oceano; a preservação da espécie bandeira do projeto, o mero; a educação ambiental; e a comunicação para sustentabilidade, o Meros do Brasil desenvolve conteúdo relevante para seus canais de comunicação; realiza eventos virtuais e presenciais; e produz materiais para divulgar suas ações educativas, de mobilização social e de pesquisa científica. 

As ações de comunicação estão direcionadas para um público variado, incluindo a primeira infância, jovens, público da pesca esportiva e comercial, mergulhadores, fotógrafos, professores e toda comunidade escolar, academia e comunidade científica, e comunidades tradicionais, jornalistas e pessoas com deficiência. Todos os produtos usam linguagem e metodologia apropriadas para cada finalidade. 

Acessibilidade

A acessibilidade também é algo que estamos buscando no Projeto. Nos produtos de comunicação o Meros procura utilizar diversas ferramentas para ampliar o acesso à informação tais como padrão de fontes e contraste acessíveis; interpretação em Libras para peças de vídeo e eventos; audiodescrição de ambientes e materiais; piso tátil e textos em braille em espaços de visitação são algumas delas. 

Produtos físicos

Todos os produtos físicos são desenvolvidos com um olhar atento para a sustentabilidade. Temos uma política de plástico zero nos materiais, incluindo embalagens, e priorizamos o desenvolvimento de produtos com fornecedores que tenham alguma espécie de selo sustentável. 

Públicos prioritários

Desde a sua criação, o Projeto Meros do Brasil propõe o contínuo envolvimento de seus públicos prioritários – mulheres, negros, pessoas com deficiência, comunidades tradicionais e povos indígenas – nas ações de pesquisa científica, educação ambiental e comunicação, buscando ampliar e implementar melhorias no comprometimento com os mesmos.

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