Pernambuco sediou neste mês o “Workshop for Global Red List Assessments of Groupers and Wrasses” e a “Oficina de Trabalho para Avaliação do Status de conservação dos Peixes Marinhos dos Grupos Epinephelinae e Lutjanidae no Brasil”, entre eles o Mero, nas dependências do CEPENE – ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) em Tamandaré. Os eventos foram promovidos pela IUCN (União Mundial para Conservação da Natureza), Ministério do Meio Ambiente, ICMBio, com apoio do projeto “Meros do Brasil”.
Os eventos tiveram como objetivo, inicialmente, avaliar globalmente, conforme a metodologia e critérios da IUCN, o estado de conservação de espécies Labridae do mundo e dos Scaridae do Brasil, como o peixe papagaio ou budiões, e posteriormente, das espécies Lutjanidae (Vermelhos) do Brasil e Epinephelinae (garoupas e badejos), no qual também esteve incluído o Mero. Técnicos e pesquisadores do projeto Meros do Brasil marcaram presença e contribuíram com as ações do evento e avaliação de conservação do Mero.
A coordenadora do Meros do Brasil em Pernambuco e professora da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), Beatrice Ferreira, explica que com auxilio e participação de vários pesquisadores, o projeto conseguiu levantar informações sobre as ocorrências do Mero ao longo da costa brasileira, tendência populacionais, através de entrevistas com pescadores e análise de estatísticas pesqueiras, impactos sobre a espécie, diminuição do habitat e outras informações que contribuíram com o processo de avaliação.
A avaliação foi feita pelos pesquisadores especialistas, com informações necessárias para determinar se a espécie é ameaçada, vulnerável ou se está fora de perigo, por exemplo. A decisão do status de conservação acontece em plenária com todos os especialistas e será divulgada após o referendo dos pesquisadores e da IUCN.
Atualmente, o Mero está classificado como criticamente ameaçado pelo status global, foi possível com a avaliação determinar também o status regional da espécie, o que vai contribuir com o direcionamento das ações Meros do Brasil. O status de conservação deve ser oficialmente comunicado até fevereiro de 2009.
Na foto, pesquisadores reunidos em avaliação de conservação dos peixes marinhos