As atividades do Projeto Meros do Brasil estão à todo vapor. Em São Francisco do Sul, a equipe do Ponto Focal Santa Catarina esteve em campo nesta sexta-feira, 13 de abril, para a prospecção de meros (Epinephelus itajara) na região Sul. No entanto, o encontro, dessa vez, foi com redes de pesca abandonadas.
De acordo com relatório da FAO e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), equipamentos de pesca abandonados no oceano representam cerca de 10% dos resíduos marinhos. Entre os maiores impactos destas redes estão a captura contínua de peixes, conhecida como “pesca fantasma”, e outros animais, como tartarugas e mamíferos marinhos.
Os efeitos das redes fantasma nos recifes rochosos em Santa Catarina foram tema da dissertação de mestrado do pesquisador do Projeto Meros do Brasil e doutorando Johnatas Alves, que participava hoje da atividade em Santa Catarina. Na pesquisa, realizada entre novembro de 2011 e dezembro de 2012, Johnatas fez 84 levantamentos em 28 recifes rochosos da região e foram registrados petrechos de pesca abandonados, perdidos ou descartados em todas as áreas amostradas, incluindo aquelas em que a pesca não é permitida, como a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, em Florianópolis.
A partir desta sexta-feira, pelo menos, teremos uma rede fantasma a menos no mar.
O Projeto Meros do Brasil é realizado pelo Instituto Meros do Brasil em parceria com nove instituições de ensino e pesquisa comprometidas com a conservação marinha ao longo da costa brasileira. O #PMB conta com o patrocínio Petrobras através do Programa Petrobras Socioambiental.