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PROJETO MEROS LANÇA GUIA DE BOAS PRÁTICAS DE PESQUE E SOLTE COM CONTEÚDO INÉDITO

Guia gratuito traz dicas para reduzir a mortalidade dos peixes durante a prática

 

O Projeto Meros do Brasil, acaba de lançar o e-book “Guia de boas práticas de pesque e solte”. Reunindo um conteúdo inédito, o livro virtual traz diversas dicas que deverão orientar praticantes do esporte para um melhor manejo dos peixes, reduzindo assim a possibilidade de ferimentos e a mortalidade decorrente destes ainda registrada para algumas espécies.

Matheus Freitas, Gerente de Gestão Ambiental do Meros, conta que a ideia do Guia surgiu a partir do aumento exponencial dos adeptos da pesca esportiva e amadora. “A partir daí, percebemos a necessidade de trazer informações, em linguagem clara e direta, sobre procedimentos básicos de manejo adequado dos exemplares capturados e soltos pela atividade”, esclarece.

Com prefácio de Lawrence Ikeda, biólogo e apresentador do Biopesca no canal Fish TV, e baseado na literatura científica especializada e nas experiências do Projeto Meros do Brasil, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, e do Projeto Robalo, o Guia aborda aspectos que vão desde sugestões de anzóis ou puçás a serem utilizados, até como manejar o peixe para tirar fotos, tempo de exposição fora d’água, e soltura adequada, finalizando com os dispositivos de redução de mortalidade devido ao barotrauma. Um dos principais diferenciais do livro digital é o material exclusivo em vídeo, contendo explicações detalhadas sobre como proceder em todas essas situações.

“O barotrauma, por exemplo, acontece pela variação de profundidade durante a captura e é uma das principais causas de morte dos peixes na pesca esportiva. Resumidamente, a bexiga natatória se expande de forma muito rápida, comprimindo outros órgãos internos. Se a bexiga não for “descomprimida”, prontamente, pode causar danos à saúde do peixe e levá-lo à morte. Como o peixe não consegue realizar essa descompressão por si só, é necessária a intervenção do pescador antes de devolvê-lo ao fundo do mar”, explica Freitas.

Outra alternativa de ferramenta que o livro apresenta para remediar o barotrauma é o BFDD, um dispositivo criado recentemente com a participação de diversos segmentos – ONGs, universidades e empresas de pesca (Fish TV e Moro/Deconto) – incluindo o Instituto Meros do Brasil. O BFDD ou Brazilian Fish Descending Device – na tradução livre Dispositivo Brasileiro de Descida de Peixes – é um instrumento que consiste em uma estrutura de aço inox com uma mola aderida, que é inserido na boca do peixe. Para facilitar a descompressão da bexiga natatória um peso, que varia em função do tamanho do peixe, é anexado ao dispositivo, e com o auxílio de uma linha de pesca ou corda que conduz o peixe para o fundo, a própria pressão atmosférica retornará a bexiga para o volume original.

“O BFDD funciona como uma espécie de pinça, assim que a mola é inserida na boca do peixe, o pescador solta o animal e quando ele chega ao fundo é só puxar a linha que foi amarrada ao dispositivo sem causar nenhum dano ao peixe. Acreditamos que será uma ferramenta importante não só para a pesca esportiva, mas também para diversas espécies de peixes que tem moratórias, épocas e janelas de capturas de tamanho e que são também alvo da pesca comercial”, salienta Freitas.

Por ser uma espécie ameaçada, e comumente capturado de forma incidental, o Guia apresenta informações e esclarecimentos focados na soltura de meros, mas não se restringe a eles. Diversas outras espécies ameaçadas, contempladas em planos de recuperação (como a garoupa-verdadeira, garoupa-São-Tomé, badejo-quadrado, caranha, bagre-branco) e de valor comercial (como pescadas, robalos, miraguaia, etc.) tem destaque no livro, bem como diversas modalidades de pescaria além da pesca amadora. “Muitas das sugestões contidas no Guia são úteis também para pescarias artesanais, comerciais, de linha, espinhel, rede e arrastos, tornando a publicação uma importante ferramenta para ajudar na conservação marinha”, conclui Freitas.

Baixe gratuitamente o Guia de boas práticas de pesque e solte clicando aqui.

Crédito foto de capa: Gabriel Marchi

 

 

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