2018 é o ano do bicentenário do Museu Nacional da UFRJ, localizado na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro. Criado por D. João VI, em 6 de junho de 1818, originalmente com o nome de Museu Real, é a mais antiga instituição científica do Brasil e o maior museu de história natural e antropológica da América Latina. Em 1946 o museu foi incorporado pela Universidade do Brasil, hoje a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Para aqueles que não puderam participar das celebrações que aconteceram no mês de aniversário do museu, as notícias são boas: a exposição Expedição Coral: 1865-2018” estará no museu até abril de 2019 e as moedas comemorativas lançadas pela Casa da Moeda ainda estão disponíveis e podem ser compradas pelo site (https://www.clubedamedalha.com.br/200-anos-do-museu-nacional).
Com a curadoria dos professores Clóvis Castro e Débora Pires, coordenadores do Projeto Coral Vivo, a “Expedição Coral: 1865-2018”, tem a participação dos projetos que compõe a rede Biomar (Albatroz, Baleia Jubarte, Coral Vivo, Golfinho Rotador e Tamar), e do Projeto Meros do Brasil.
Na exposição, o visitante é convidado a explorar a descoberta dos corais e ambientes coralíneos e seu estado de conservação, desde a época de Pedro II até hoje. Além de exemplares da fauna dos recifes de coral do Brasil, está exposto um exemplar de mero (Epinephelus itajara), taxidermizado (técnica que não usa mais palha, mas ainda popularmente conhecida como empalhamento) por Carlos Augusto Caetano e pintado por Maurílio de Oliveira, com o objetivo de chamar a atenção para as espécies ameaçadas de extinção.
A exposição também tem peças interativas que buscam sensibilizar o público por meio da compreensão do impacto das ações das pessoas em ecossistemas como bancos de corais e manguezais. Outra seção apresenta um mapa da costa brasileira em que o público pode tocar a tela para conhecer as unidades de conservação, projetos de conservação e as áreas prioritárias do PAN Corais, que é o Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Ambientes Coralíneos.
Entre as peças expostas, está o esqueleto de uma colônia centenária de uma espécie de coral-cérebro endêmica do Brasil, o Mussismilia braziliensis. Segundo pesquisas recentes, com a utilização de métodos de alta tecnologia, sua coleta foi datada do período entre 1865 e 1876, realizada durante expedição ligada ao naturalista canadense Charles Hartt, feita na Bahia. Hartt foi pioneiro no levantamento geológico do Brasil e diretor da Seção de Geologia do Museu Nacional em 1876.
O Projeto Meros do Brasil é realizado pelo Instituto Meros do Brasil em parceria com nove instituições de ensino e pesquisa comprometidas com a conservação marinha ao longo da costa brasileira. O Projeto Meros do Brasil conta com o patrocínio Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental