A equipe do projeto “Meros – estratégias para a conservação de ambientes costeiros e marinhos do Brasil”, esteve nas últimas semanas na área focal São Paulo, na região do Vale do Ribeira desenvolvendo ações de pesquisa biológica com a espécie, entrevistas com pescadores e comunidades e reconhecimentos das características da biologia pesqueira da região.
Já foram realizadas as primeiras pesquisas, com trabalho de coleta de informações e identificando os pescadores e lideranças mais antigas da comunidade que podem contribuir com as ações do projeto. Cerca de 100 questionários foram preenchidos nesta primeira etapa. O objetivo inicial é identificar os pescadores mais apropriados, com mais conhecimento para, posteriormente, responder questões específicas sobre o Mero.
A equipe percorreu as comunidades, dando andamento a coleta de informações e as pesquisas de conhecimento ecológico local, identificando, juntamente com os caiçaras, locais de probabilidade de ocorrências de Mero. Foi ministrada palestra na escola pública Meu Recanto, da Ilha Comprida e distribuído materiais informativos em estabelecimentos da região. A equipe também aproveitou para passar informações ao técnico da área sobre a coleta de material biológico para contribuir com as pesquisas sobre a espécie.
A região do Vale do Ribeira – Iguape, Cananéia e Ilha Comprida é estratégica para ações de pesquisa e conservação. Dos 90 mil km² que restam desse bioma, 23% estão no Vale do Ribeira. O Instituto Ambiental Vidágua é o responsável pelas ações em São Paulo
“Meros do Brasil” é um projeto pioneiro, que tem como objetivo, além de proteger o peixe em extinção, preservar os ambientes marinhos e costeiros em quatro estados do pais: Bahia, Pernambuco, São Paulo e Santa Catarina. Para isso, diversas ferramentas estão sendo desenvolvidas, nas áreas de Pesquisa e Conservação, para obter informações sobre a bioecologia e interação com a pesca. A partir daí, serão propostas alternativas sustentáveis para a geração de renda, utilizando a espécie como símbolo da conservação marinha. Além de atividades de educação e comunicação ambiental, que buscam inserir a proposta no cotidiano dos moradores de cada localidade.
Na foto, demonstração sobre a coleta de material biológico