A parceria entre o Projeto Meros do Brasil e Instituto para Conservação da Biodiversidade Chico Mendes (ICMBio) rendeu uma importante ação no Parque Nacional de Jericoacoara, no Ceará, em favor dos chamados pepinos do mar, organismos pertencentes aos equinodermatas que vivem nos pedrais e áreas de poças de maré das praias do litoral do Brasil.
Na tarde da última sexta-feira, 13 de julho, a equipe de fiscalização do ICMBio realizou apreensão de mais de 30 quilos de pepinos do mar na pedra do Frade, região do Parque Nacional de Jericoacoara. O supervisor do Ponto Focal Pará do Projeto Meros do Brasil, Tommaso Giarrizzo, e a analista do ICMBio, Kátia Carneiro, com o voluntário Pablo Gillet, fizeram no mesmo dia da apreensão a devolução dos pepinos ao mar, depois de fazer a medição de uma amostragem selecionada para estudo.
Tommaso Giarrizzo informou que o pepino do mar é cobiçado no mercado internacional, sobretudo o asiático, onde é muito apreciado tanto na culinária como na medicina tradicional chinesa. No continente asiático são usados para tratar problemas de saúde como fadiga, impotência e dor nas articulações, devido as propriedades dos carboidratos complexos presente no valor nutricional dessa espécie.
Além da apreensão, foi lavrada multa de 3 mil reais para o grupo de catadores da cidade de Camocim, que estava com os sacos de pepino do mar. No mercado internacional, o quilo do pepino do mar chega a custar mil dólares.
O Projeto Meros do Brasil é realizado pelo Instituto Meros do Brasil em parceria com nove instituições de ensino e pesquisa comprometidas com a conservação marinha ao longo da costa brasileira. O Projeto Meros do Brasil conta com o patrocínio Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.