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Grupo das Resex da Bahia fazem intercâmbio por Brasília

Integrando as atividades do projeto “Encantamar: Educando o Olhar para Construir seu Lugar”, lideranças comunitárias da Reserva Extrativista do Cassurubá, Canavieiras e Corumbau, totalizando um grupo de 25 pessoas, tiveram a oportunidade de vivenciar e conhecer no período de 14 à 21 de outubro as experiências no âmbito da permacultura, modo sustentável de viver e turismo de base comunitária.

A equipe de Caravelas/Bahia, do Projeto Meros do Brasil, foi convidada e integrou duas pessoas nesta viagem. O que se espera é que as atividades vivenciadas nos Centros de Permacultura e Comunidades visitadas possibilitem qualificar a eficiência ecológica das ações da Instituição ECOMAR e de seus projetos em desenvolvimento, entre eles o Projeto Meros do Brasil. O que vem de encontro com as questões 21 E 22, do Relatório de Monitoramento e Avaliação do Investimento Ambiental – MAIA, relacionadas às ações ecoeficiêntes adotadas pela Instituição, comenta Paulo Beckenkamp.

A viagem teve um rico cronograma que contou com visitas e experiências em uma Comunidade Quilombola Kalunga, a dois Centros de Referência em Permacultura e agendas na própria Brasília com articulações no ICMBio e Ministérios da Pesca e Aquicultura, de Turismo e o da Justiça.

Na comunidade Quilombola dos Kalunga, que fica situada no norte da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, há mais de 300 anos, o grupo vivenciou experiências relatadas pelos comunitários. Além da agricultura e pecuária familiar, a comunidade explorara o Turismo de Base Comunitária, com 29 Condutores capacitados. Na ocasião, dentro da propriedade dos Kalungas os extrativistas também tiveram a oportunidade de conhecer a Cachoeira da Capivara e da Tiririca, cena incomum na zona costeira onde residem.

Os extrativistas participaram de pautas nos Ministérios em Brasília, onde levaram as demandas de cada comunidade e explanaram também ao presidente do ICMBio Roberto Vicentin e Diretores em Brasília, as necessidades das comunidades e como juntos podem achar soluções para os problemas enfrentados nas Reservas Extrativistas.

O grupo visitou ainda o Ipoema (Instituto de Permacultura: Organização, Ecovilas e Meio Ambiente), em Brasília, e o Ipec (Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado), em Pirenópolis, em ambas as oportunidades, nos sitios Asa Branca e Semente os comunitários participaram de oficinas e visitas guiadas com os monitores e técnicos permacultores do Instituto, tendo a oportunidade de conhecer desde processos de produção de alimentos orgânicos até a construção ecológica de casas e ambientes. Na área da permacultura e sustentabilidade, viram possibilidades de construções sustentáveis, captação e aproveitamento de água da chuva, tratamento de resíduos sólidos, tratamento e/ou reutilização da água cinza e negra, e também participaram de oficinas de construção em taipa de pilão, pintura com terra, reboco, usando o barro como principal matéria prima.

A intenção do intercâmbio foi de despertar a reflexão dos extrativistas sobre a experiência vivenciada nos espaços que foram visitados, e a partir disso pensarem em quais práticas eles poderiam realizar em seus territórios, e também das práticas que eles já adotam em sua cultura e o que pode ser aprimorado.
Da mesma forma, a viagem possibilitou uma revitalização na relação da ecoeficiência das atividades do Projeto Meros do Brasil, vindo corroborar com novos olhares para implantar medidas que favoreça o melhor uso dos recursos naturais e uso mais consciente no uso da água e da energia elétrica, melhor destinação do lixo, reciclagem do resíduo orgânico, reutilização do resíduo sólido.
Essas medidas não se relacionam apenas a reciclagem, mas também, utiliza a política ambiental dos 4 Rs, reduzir, reutilizar, reciclar e reeducar. Numa tentativa de mitigar os impactos energéticos provindo do consumo diário nas ações cotidianas, assim, o projeto passa a repensar cada atividade para melhorar os esforços utilizando cada vez menos energia.

Dessa forma a viagem proporcionou visualizar soluções em tecnologias, muitas vezes simples, que podem de alguma forma completar o ciclo natural do que é usado pelo homem e que volta para a natureza com o mínimo de impacto na transformação da matéria. Surge aí um despertar para como praticar e qualificar cuidados com as pessoas, ambientes e outras formas de vida que coabitam o planeta.

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O Projeto Meros do Brasil é patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Ambiental.

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