Pesquisadores do Instituto Meros do Brasil, em conjunto com pesquisadores da IMB, UFES, UFMG e Universidade do Havaí (EUA) acabam de publicar informações inéditas sobre a reprodução do pequeno e colorido peixe Gramma brasiliensis.
O Gramma brasiliensis é endêmico, ou seja, só ocorre na costa brasileira. Atualmente está ameaçado de extinção devido a intensa coleta para o mercado ornamental e a degradação do seu habitat, os recifes de corais. Entre os anos de 1980 e 2000, figurava entre as cinco espécies mais coletadas e exportadas pelo Brasil para aquários nos EUA, Europa e Japão. Mesmo sendo tão pescado, sua biologia ainda é pouco estudada.
No artigo, os pesquisadores descrevem pela primeira vez para a família de peixes Grammatidae, um órgão chamado de glândula testicular, o qual pode ter funções de armazenamento e produção de hormônios. O desenvolvimento desse órgão na gônada dos Grammas é um forte indício de que a espécie seja hermafrodita. Mais estudos estão em desenvolvimento para identificar suas funções.
O estudo é parte da tese de doutorado do Dr. Jonas R. Leite, e foi publicado na revista Brazilian Journal of Biology.
Baixe o artigo em:
Leite, J. R., Freitas, M. O., Sanches, E. G., Gomes, M. L. M., Hostim-Silva, M., & Cole, K. S.. (2016). Rediscovering hermaphroditism in Grammatidae with the description of the testicular gland in Brazilian Basslet Gramma brasiliensis. Brazilian Journal of Biology, Epub April 19, 2016. http://dx.doi.org/10.1590/1519-6984.03115
Conheça também a tese de doutorado do Dr. Jonas R. Leite. “Biologia reprodutiva e etologia de Gramma brasiliensis Sazima, Gasparini & Moura, 1998″.
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