Com o olhar voltado para questões socioambientais, a exposição fotográfica levará ao público as ações dos projetos: Projeto Meros do Brasil (PMB), Guapiaçu Grande Vida, Uçá, Ilhas do Rio e Coral Vivo.
A baía de Guanabara é a segunda maior baía do Brasil e comporta 22 ilhas, estando cercada por uma população que supera os 11 milhões de habitantes. É nos seus 391Km2 de espelho d’água e nas ilhas do entorno que são desenvolvidos os cinco projetos socioambientais que formalizam nesta exposição o marco da primeira ação em conjunto. Ela é realizada pelo Projeto Meros do Brasil.
Na porção lesta da Baía de Guanabara, o Projeto Guapiaçu Grande Vida contribui para o fortalecimento do ecossistema da bacia hidrográfica Guapi-Macacu por meio da restauração ecológica e da educação ambiental, o Projeto Uçá estuda a espécie e seu ecossistema, buscando a sustentabilidade, contribuindo para a melhoria da qualidade ambiental, já o Projeto Meros do Brasil busca conhecer os meros, espécie ameaçada e de captura proibida, que ainda habitam os manguezais da Baía e as áreas da sua foz. Ainda na foz da Baía, o Projeto Ilhas do Rio estuda a fauna e flora das ilhas trazendo o conhecimento desses ambientes insulares, e por fim o Projeto Coral Vivo, traz à população o conhecimento sobre os diversos e frágeis ambientes coralíneos, abrangendo as áreas insulares do entorno da Baía, focos do Plano de Ação Nacional para Conservação dos Ambientes Coralíneos – PAN Corais.
Os Projetos integrantes, compondo assim a REDAGUA – Rede de Conservação Águas da Guanabara, acreditam que as pessoas precisam conhecer a natureza para poder entender a importância de preservá-la e reforçar a noção da proteção, não só da fauna e da flora, mas também dos ambientes terrestres-estuarinos-marinhos como um todo.
A exposição, no Parque Natural Municipal de Niterói (ParNit), em Niterói (RJ), irá do dia 16 de março a 02 de maio, das 8h às 16h.
O Parque das Águas (rua Professor Valdemir Alves Machado s/n, Niterói) ficará em cartaz do dia 08 de maio a 14 de junho, das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira e das 8h às 17h, sábados, domingos e feriados.
Em ambos os endereços a entrada é gratuita.
Sobre os Projetos:
O Projeto Guapiaçu Grande Vida é realizado pela Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA) em parceria com a Prefeitura de Cachoeiras de Macacu. O projeto atua com a restauração ecológica e a educação ambiental. São 160 hectares de Mata Atlântica restaurados na sub-bacia do rio Guapiaçu e na educação ambiental, uma das novidades é o Programa Piloto de Monitoramento de Recursos Hídricos (PPMRH), envolvendo estudantes em coletas e análises de água de rios do município.
O Projeto UÇÁ é desenvolvido em quatro eixos temáticos, sustentabilidade, educação ambiental, pesquisa e democratização de informação. Atua em oito municípios (Maricá, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Magé, Guapimirim, Cachoeiras de Macacu e Teresópolis). É integrante da Rede Nacional de Manguezais (RENAMAN) e possui uma base avançada em Florianópolis (SC). Tem foco nos manguezais e na relação do homem com esse ecossistema.
O Projeto Ilhas do Rio tem como área de atuação as ilhas que compõem o Monumento Natural do arquipélago das ilhas Cagarras (Ilhas Cagarra, de Palmas, Comprida, Redonda e ilhotes Filhote da Cagarra e Filhote da Redonda), as Ilhas Maricás, Ilhas Tijucas e Ilha Cotunduba. Seu principal objetivo é a geração de conhecimento para a preservação desses ecossistemas marinhos tendo como base de atuação a pesquisa científica, a educação ambiental e a mobilização social.
O Projeto Coral Vivo trabalha com pesquisa, educação, políticas públicas, comunicação e sensibilização para a conservação e sustentabilidade socioambiental dos ambientes coralíneos do Brasil. É realizado por 14 universidades e institutos de pesquisa e é o coordenador executivo do PAN Corais, que engloba 18 áreas do MA a SC e 52 espécies ameaçadas de extinção (peixes e invertebrados). Tem base e centro de visitantes no Arraial d’Ajuda Eco Parque, em Porto Seguro, BA. O Coral Vivo integra a Rede Biomar, junto com os projetos Albatroz, Baleia Jubarte, Golfinho Rotador e Tamar.
O Projeto Meros do Brasil está presente em nove estados brasileiros: Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Pernambuco e Pará, e conta com a parceria de mais de 50 instituições.
Atualmente, os meros são tidos como um símbolo de conservação e proteção dos ambientes costeiros e marinhos.
O Projeto Meros do Brasil é realizado pelo Instituto Meros do Brasil em parceria com nove instituições de ensino e pesquisa comprometidas com a conservação marinha no país: UFPA, UFPE, Ufal, Movimento Cultural Arte Manha, Ufes Ceunes, Unirio, Instituto de Pesca SP, Museu de História Natural do Capão da Imbuia e Instituto Comar.
O Projeto Meros do Brasil conta com o patrocínio Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.