Realidade virtual criada por alunos do IFPR Curitiba e utilizada pelo Projeto Meros do Brasil
para ações de educação ambiental está disponível para download gratuito na Play Store
Um ambiente marinho que pode ser vivenciado com a ajuda da realidade virtual é a nova atração do Projeto Meros do Brasil, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental. Através de um aplicativo desenvolvido pelos estudantes do Instituto Tecnológico Federal do Paraná (IFPR – campus Curitiba), William Fabiano da Silva Filho e Eduardo Skalecki Cardon, os usuários têm a chance de mergulhar com o peixe mero, espécie de garoupa gigante que está criticamente ameaçada de extinção, e conhecer um dos ambientes onde ele vive.
A supervisora de educação ambiental do Meros no Paraná, Patricia Zeni de Sá, conta que a ferramenta que acaba de ser lançada na Play Store para download gratuito tem sido muito utilizada nas ações de educação ambiental do Projeto. “Em uma das atividades uma senhora de 92 anos usou o óculos e ao final da experiência disse que estava muito agradecida pois era a primeira vez que havia mergulhado e que estava emocionada com as belezas do fundo do mar”.
Segundo o coordenador do Projeto Meros no Paraná, Matheus Freitas, o ecossistema recriado no aplicativo foi inspirado nos costões rochosos da região sul e sudeste do Brasil. No litoral do Paraná, por exemplo, é possível observar esse ambiente em Matinhos, Guaratuba e Pontal do Paraná. “No mergulho da realidade virtual é possível encontrar meros, pirajicas, águas-vivas, tartarugas e algumas espécies de algas e corais. Toda essa biodiversidade marinha ocorre no litoral do Paraná”, lembra Matheus.
Desenvolvimento em equipe
O simulador de realidade virtual Meros VR é o primeiro aplicativo lançado na Play Store pelo IFPR campus Curitiba. “O desenvolvimento do ambiente marinho e dos padrões de movimentação levou três meses, depois tivemos mais um mês de trabalho dedicado somente às adequações necessárias e validações para finalmente disponibilizar na loja”, conta a professora Carla Hamel Wojcik Garcia, orientadora do Projeto.
Além da professora, participaram diretamente do desenvolvimento dois estudantes do curso técnico em programação de Jogos Digitais, Eduardo Skalecki Cardon e William Fabiano da Silva, e os professores Fabio Luiz Pessoa Albini, Denise Maria Vecino Sato e Mônica Naomy Nakagawa. A equipe do projeto Meros auxiliou com informações sobre o ambiente e as espécies marinhas.
Para Matheus Freitas, disponibilizar o aplicativo de maneira pública e gratuita corrobora com os objetivos da Década do Oceano na divulgação da ciência e de ações de conservação do oceano e de espécies marinhas como os meros.
“A importância é disseminar o contato com a espécie, que é ameaçada. Quanto mais as pessoas puderem conhecer, mesmo que virtualmente, o mero, mais ficarão conscientes sobre a necessidade de proteção da espécie”, afirma a professora e orientadora Denise Sato.
Como funciona
O simulador Meros VR deve ser utilizado junto a um óculos de realidade virtual, de preferência com um controle remoto. Desta forma, o usuário é inserido no ambiente do peixe mero e pode se aproximar ou se afastar dos elementos do ambiente e do peixe mero utilizando o controle. O simulador, que já estava disponível no espaço interativo do Projeto Meros do Brasil no Museu de História Natural Capão da Imbuia, em Curitiba, agora pode ser baixado gratuitamente por qualquer pessoa na Play Store.
Crédito imagem do texto: Gabriel Marchi