O diretor de pesquisa, avaliação e monitoramento da biodiversidade do ICMBio, Marcelo Marcelino, falou ao Projeto Meros do Brasil sobre a importância da renovação da Portaria 42/2007 do Ibama que proíbe o transporte, a comercialização, o beneficiamento e a industrialização do mero.
Recentemente, o mero teve a avaliação validada em uma oficina promovida pelo ICMBio, com o objetivo validar os status de conservação de espécies tendo com base o método UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza).
Na declaração abaixo, Marcelo também fala sobre a importância das avaliações:
“Foram validadas as avaliações de mais de 1.800 espécies de vários grupos taxonômicos, o que representa quase a metade das espécies até agora avaliadas, que por sua vez representa quase a metade da nossa meta de avaliar 10.000 espécies até o final de 2014. Temos um acordo de reciprocidade com a IUCN com o objetivo, por meio do uso comum da metodologia, de aproximar a lista oficial brasileira de espécies da fauna ameaçada da lista vermelha da IUCN. Especificamente sobre a avaliação do mero, a importância da avaliação foi a constatação, obtida com o máximo rigor científico, do declínio continuado das suas populações, apesar da proibição da pesca. Esta informação será formalizada ao MMA para pautar discussão com o MPA sobre a renovação da portaria, e creio necessário não só sua renovação mas uma intensificação das medidas de fiscalização à pesca”.
Foto: Jonas Leite