A renomada cientista visitou o Brasil nesta semana e levou com ela a promessa de criação de duas grandes Unidades de Conservação Marinhas no país.
Neste Dia Internacional das mulheres, homenageamos a “Primeira Heroína do Planeta”, segundo a Time Magazine. Aos 82 anos de idade, a bióloga marinha e ambientalista Sylvia Earle segue incansável em sua luta pela defesa dos oceanos. Esteve no Brasil durante esta semana para o lançamento da edição em português de seu livro “A Terra é Azul – Por que o destino dos oceanos e o nosso é um só?”. Visitou o arquipélago de Alcatrazes, no litoral norte de São Paulo, a maior Unidade de Conservação Marítima do país depois do arquipélago de Abrolhos, e que será aberta ao turismo este ano. E ainda participou de audiência com Ministros e o Presidente da República, de onde saiu com a promessa de criação das Unidades de Conservação de São Pedro e São Paulo, em águas pernambucanas, e de Martins Vaz e Trindade, no Espírito Santo.
Em palestra na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Sylvia Earle falou para um público bem diversificado e reforçou a mensagem de preservação dos oceanos. “As evidências dos impactos humanos estão mais do que claras. Mas não precisamos nos sentir culpados por atitudes nossas que danificaram o meio ambiente quando não tínhamos informação. Agora que sabemos que a população de certos peixes diminuiu 95%, que metade dos recifes de corais desapareceu, que espécies caminham para a extinção, agora que temos certeza de que nossa vida depende dos oceanos, precisamos agir. Não é tarde demais. Ainda temos tempo para evitar o pior”, disse.
Sylvia Earle mergulha desde a infância, quando sua família mudou para a Flórida e ela passou a frequentar as águas do Golfo do México. Em 1990, se tornou a primeira mulher a ocupar o cargo de cientista-líder da NOAA, a agência americana que estuda os oceanos e a atmosfera. Ao longo do caminho, bateu recordes de profundidade de mergulho, integrou a tripulação de submergíveis e estações submersas e foi co-fundadora de uma empresa que desenvolve robôs para mergulhos em grandes profundidades. Já em 2009, Earle criou a Mission Blue, uma organização que tem como objetivo fomentar a criação de áreas de proteção marinha, os chamados Hope Spots, ou Pontos de Esperança, em português. Em 2014, Mission Blue virou o nome de filme produzido em parceria com o Netflix e ganhador do Emmy de melhor documentário.
Para nós, do Projeto Meros do Brasil, é uma honra ter Sylvia Earle em nosso país e nos enche de esperança saber que sua presença incentivou a criação de Unidades de Conservação, que são habitats e pontos de reprodução de importantes espécies, entre elas nosso Epinephelus Itajara, o mero. Esperamos que neste Dia Internacional das Mulheres Sylvia Earle seja exemplo para toda a humanidade sobre a importância de protegermos nossos mares, não apenas em teoria.
Veja abaixo o trailer do documentário Mission Blue.
O #ProjetoMerosdoBrasil (#PMB) é realizado pelo #InstitutoMerosdoBrasil em parceria com nove instituições de ensino e pesquisa comprometidas com a conservação marinha ao longo da costa brasileira. O #PMB conta com o #patrocínioPetrobras através do #ProgramaPetrobrasSocioambiental