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Gorgônia fogo, Muricea flama.

BUSCA POR MEROS REVELA NOVOS REGISTROS CIENTÍFICOS

Uma expedição conjunta realizada por parceiros da Rede Biomar no intuito de monitorar os meros acaba resultando num registro científico inédito para o Sergipe

 

A equipe do Meros do Brasil juntamente com integrantes dos Projetos Tamar e Baleia Jubarte – parceiros na Rede Biomar – todos patrocinados pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, realizou uma expedição científica em Sergipe no intuito de averiguar a presença de meros em um local conhecido pela agregação destes peixes.

Os pontos escolhidos para a ação, conhecida cientificamente como prospecção, foram localizados próximos aos rios São Francisco e Japaratuba. Durante os mergulhos os pesquisadores puderam ouvir ruídos que são caracteristicamente produzidos por meros e conseguiram avistar um exemplar de aproximadamente 1,5 metros de comprimento.

Além do monitoramento, foi feito o registro de uma nova espécie de gorgônia e o avistamento de um coral raro nos recifes sergipanos. O coral esmeralda, Scolymia cubensis, frequentemente encontrado no Caribe foi registrado no Atlântico Sul apenas no recife do Guagiru. Já, a gorgônia fogo, Muricea flama, endêmica no Brasil do litoral Sul da Bahia ao Espírito Santo, foi registrada no estado do Sergipe pela primeira vez.

 

Gorgônia fogo, Muricea flama.

 

Estas descobertas tão recentes se justificam pelo fato dos recifes serem locais ainda pouco explorados cientificamente no Brasil. O coordenador do PMB em Alagoas e Doutor em Zoologia Cláudio Sampaio, explica que até o início deste século, com base em algumas publicações, a comunidade científica acreditava que devido ao lançamento de muita água doce e sedimentos pelo rio São Francisco, o litoral sul alagoano, toda costa sergipana e parte do litoral norte da Bahia eram áreas improváveis para o desenvolvimento de ambientes recifais.

Diante dos importantes resultados obtidos, futuras expedições ao litoral sergipano estão sendo planejadas. O objetivo é continuar coletando dados que auxiliem na proteção e preservação desses ecossistemas. “O fato dos recifes serem próximos da foz do rio São Francisco, fazem deles importantes para conectar populações de organismos recifais. Além disso, são áreas conhecidas por agregar espécies ameaçadas de extinção como o próprio mero, as tartarugas, tubarões e outros peixes. Conservar esse oásis recifal é garantir um futuro melhor para todos”, salienta Cláudio.

Coral esmeralda, Scolymia cubensis.

 

Estação de limpeza, garoupa jabú (Cephalopholis fulva) e o góbio-neón (Elacatinus figaro).

 

Para saber mais sobre os recifes brasileiros, acesse o site do projeto Coral Vivo, também nosso parceiro na Rede Biomar, e procure pelo livro “Recifes brasileiros: o legado de Laborel”. Lá você encontra um box escrito pelo Prof. Dr. Cláudio sobre os ambientes recifais que estão sob influência do Rio São Francisco. O livro está disponível para download gratuito no link a seguir:

Recifes Brasileiros: o legado de Laborel 

 

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