Artigo denuncia a pesca ilegal de meros na costa brasileira
Os meros, apesar de ameaçados de extinção e serem protegidos no Brasil desde 2002, continuam sendo pescados. É o que conclui a pesquisa realizada por um grupo de pesquisadores do Projeto Meros do Brasil em parceria com cinco universidades brasileiras. Foram compilados dados de desembarque e apreensões da espécie na costa brasileira, por meio de relatórios anuais divulgados pelo governo brasileiro e apreensões feitas por órgãos ambientais. Verificou-se que cerca de 400 toneladas de meros são capturadas ilegalmente a cada ano no país. Os Estados do Sergipe, Amapá e Maranhão chegam a apresentar aumentos nas capturas após a proibição da pesca. O Pará obteve um alto índice de apreensões, provenientes da pesca em agregações reprodutivas.
Essa quantidade pode representar apenas uma fração das capturas, já que muitos pescadores chegam na costa com os peixes descaracterizados por temerem a fiscalização, e vendem os meros como filés ou postas de garoupas ou badejos. Um maior esforço e novas abordagens de fiscalização são primordiais para que a proibição da pesca do mero seja respeitada e a espécie possa novamente repovoar o litoral brasileiro.
O estudo foi publicado na revista Natureza & Conservação e envolveu pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
O artigo pode se obtido em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1679007314000085
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