Desde o começo do mês de outubro os técnicos da área focal Bahia acompanham pescadores e monitoram a pescaria de Camboa – tipo de pescaria de rede que é praticada no estuário e utiliza a maré para a armação e despesca. Segundo os pescadores, neste sistema, é possível capturar Meros juvenis de até 5 kg. O Mero passa a fase juvenil dentro do estuário, que é utilizado como berçário também para diversas espécies de animais marinhos. Mas os pescadores devem ficar atentos. A pescaria do Mero é proibida, em todo território nacional, pela portaria Ibama 42/2007. A equipe “Meros do Brasil” orienta os pescadores e as comunidades envolvidas sobre a importância de preservar a espécie.
Em uma pesca acidental do Mero, que ocorreu durante o acompanhamento da equipe, foi possível coletar imagens do peixe, e em seguida, devolvê-lo ao mar.
Segundo o técnico da área, Vinícius Fernandes, o projeto também está realizando mergulhos dentro do estuário para estudos de locais de ocorrência dos juvenis. Quatro avistagens já foram feitas e servirão para o banco de dados de informações estratégicas para preservação da espécie. “Precisamos entender mais como ocorre o ciclo de vida dos meros, poucas informações sobre a fase juvenil existem no Brasil e no Mundo”, ressalta.
Em Pernambuco, a equipe “Meros do Brasil” também está realizando um intenso trabalho de monitoramento de Camboa.
A orientação do projeto é para que nunca o pescador dirija a pesca para captura do Mero, especialmente em locais de agregação da espécie. Em caso de pesca acidental, o pescador deve retirar o peixe o mais rápido possível do anzol e devolvê-lo ao mar. Os pescadores também podem colaborar denunciando a pesca ilegal aos órgãos responsáveis e ajudando na sensibilização das comunidades sobre a importância da preservação da espécie.
A Rede Meros do Brasil está a disposição para dúvidas, informações e orientações.
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