Biomar - Projetos Meros do Brasil

O Projeto Meros do Brasil faz parte da Rede de Conservação da Biodiversidade Marinha, ou simplesmente Rede Biomar. Uma iniciativa que reúne além do Meros, outros quatro Projetos patrocinados pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental: Albatroz, Baleia Jubarte, Coral Vivo e Golfinho Rotador.

Criada em 2007, resultado de uma parceria entre a Petrobras, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Rede tem como objetivo aumentar a área de preservação dos ecossistemas marinhos ao longo do território nacional. 

Atualmente, esses Projetos de longa duração que compõem a Rede Biomar - alguns com mais de 30 anos de experiência - estão presentes em 13 estados do Brasil (PA, CE, RN, PE, AL, SE, BA, ES, RJ, SP, PR, SC, RS). E é nessas localidades que desenvolvem ações de conservação, pesquisa, educação ambiental, inclusão social e comunicação, buscando sensibilizar e articular a sociedade acerca da importância do equilíbrio entre ações humanas e a preservação da biodiversidade marinha.  

O trabalho não fica focado apenas nas espécies-bandeira (animais símbolo de cada projeto) e ambientes associados. No território nacional onde atua, a Rede abrange ainda outras espécies marinhas, ambientes como os recifes de coral e rochosos, manguezais e estuários, alcançando desde as regiões costeiras até as oceânicas.

As atividades realizadas e os materiais técnicos, científicos e didáticos produzidos pela Biomar abordam temas relevantes voltados à conservação de todo o oceano como: descoberta e registro da biodiversidade marinha, poluição e lixo no mar, pesca e turismo sustentável. 

Comunidades tradicionais pesqueiras, comunidade científica e acadêmica, educadores e turistas, crianças, adolescentes e jovens estão continuamente envolvidos nas ações dos Projetos Biomar. E a mobilização social que acontece a partir da participação nas atividades propostas, envolve ainda a imprensa e organizações da sociedade civil.

Outros importantes esforços além da mobilização do público em torno da conservação, são as atividades que incluem a elaboração de planos de ação e avaliação de estado de conservação de espécies, de políticas públicas nacionais e internacionais, estratégias de manejo e monitoramento, criação de Unidades de Conservação e também de normas para o uso sustentável dos ambientes e dos recursos naturais.

Somados, em uma década de atuação, os Projetos já envolveram mais de 9 milhões de pessoas em ações de sensibilização e educação ambiental, produziram mais de 720 publicações técnicas e científicas, apoiaram a elaboração e execução de seis Planos de Ação Nacionais, participaram de mais de 2.230 fóruns nacionais e internacionais e geraram mais de 7.670 matérias na mídia que fortaleceram a importância do alinhamento entre as estratégias e da cooperação para a conservação marinha no Brasil. 

Outros resultados expressivos são o desenvolvimento de tecnologias e a produção de conhecimentos científicos, a criação e manutenção de mais de 20 áreas marinhas protegidas e um público de 170 mil beneficiados em ações de capacitação, incluindo o apoio a grupos produtivos locais para geração de renda.

Quanto às espécies, a recuperação expressiva das populações de baleia jubarte e albatroz-de-sobrancelha, que valeram em 2014 a retirada de ambas as espécies das categorias de extinção na lista nacional de espécies ameaçadas. No caso das baleias a recuperação de indivíduos saltou de 2 mil em 2011 para 20 mil em 2018. 

No que diz respeito aos meros, a moratória de pesca, estabelecida em 2002 com base nos resultados gerados pelas pesquisas do Meros, deu outros rumos ao futuro da espécie que estava próxima da extinção. Apesar de sofrer com a captura ilegal, a poluição e a degradação de seus habitats, e ainda estarem criticamente ameaçados de extinção no Brasil, os esforços de conservação do Meros do Brasil, em toda a costa nacional, permitirão que uma geração de meros tenha sido salva em 2023.

É importante destacar que os oceanos são cerca de 70% da área do planeta e são fundamentais à manutenção da vida na Terra. Além de fornecer grande parte do oxigênio que respiramos e regular o clima do planeta, os oceanos oferecem recursos naturais e ainda movimentam a economia, gerando empregos diretos, como turismo marítimo ou pesca. 

Portanto, salvar espécies da extinção, proteger os ecossistemas marinhos e mobilizar a sociedade através da educação ambiental e outras iniciativas que incentivam a criação de uma nova geração de conhecedores e protetores da natureza, são ações necessárias que fortalecem a atuação da Rede Biomar a cada dia, consolidando o grupo de projetos como uma referência em ações de conservação marinha em todo o Brasil e no mundo.

 
 
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