Pará - Projetos Meros do Brasil

As atividades do Projeto Meros do Brasil – Ponto Focal Pará direcionam esforços para a coleta de dados biológicos de Epinephelus itajara além de dados de qualidade da água onde os adultos e juvenis da espécie (inclusive estágios larvais) estão sendo procurados. Neste sentido, além das capturas experimentais com redes de tapagem (block nets) são realizados monitoramentos quinzenais nas tapagens dos pescadores que atuam nesta área de estudo (2 canais de maré ao longo da Península Bragantina – Pará).

Priorizou-se a utilização de canais de maré similares na forma, hidrodinâmica e característica das margens e substrato, porém diferenciados do ponto de vista do gradiente de salinidade e cobertura vegetal para que estes fatores possam ser elencados nas análises. O Furo Grande é uma área de desembarque pesqueiro da península bragantina, cujo forte é o trânsito de embarcações de maior porte e que desembarcam volumes significativos de pescado, sendo uma área mais aberta se comparada ao Furo do Taici, que é mais interno à Península, mais sombreado pela vegetação e ponto de desembarque somente de embarcações muito artesanais (canoas à remo e/ou vela) e a atividade pesqueira nesta área subsidia apenas os moradores próximos deste local.

Em cada coleta experimental são armadas duas redes de tapagens de canais secundários no Furo Grande e Furo do Taici para fins experimentais, sendo que cada artefato é armado na primeira maré baixa do dia (madrugada) sendo levantada na primeira maré alta. Após a vazante (segunda maré baixa do dia – início da noite), o material biológico capturado é armazenado em sacos plásticos etiquetados e conduzidos aos Laboratório de Bioecologia Pesqueira da UFPA, onde é processado. Os dois locais onde são armadas as tapagens experimentais aqui denominadas Ponto 1 e Ponto 2 são vigiados ao longo de todo o experimento para evitar a aproximação e outros pescadores ou o furto da rede.

Adicionalmente, as coletas do ictioplâncton são realizadas no momento da chegada ao local de estudo e replicada a cada hora utilizando fluxômetro para o cálculo do volume filtrado. Todas as amostras são mantidas em pote plástico de polietileno com formol a 4% neutralizada com bórax para a manutenção das larvas. Todo o processo de triagem de larvas está sendo articulado com o laboratório de ictioplâncton do instituto de Ciências Biológicas (UFPA – campus de Belém).

Os dados coletados tanto dos experimentos quanto do monitoramento das tapagens comerciais são tabulados em planilhas eletrônicas para posterior análise e divulgação.

O grupo focal Pará está composto por quatro professores atuantes nas Faculdades de Engenharia de Pesca campus de Bragança (Prof. Dra. Bianca Bentes, Prof. Dra. Zélia Pimentel Nunes, Prof. M.Sc. Carlos Eduardo Rangel) e Faculdade de Ciências Biológicas campus de Belém (Prof. Dra. Valérie Sarpedonti) e ainda 2 bolsistas exclusivos do projeto e 3 alunos voluntários).

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